quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Escarnium - Excruciating Existence

Escarnium - Excruciating Existence
Distro Rock Records/Impaled Records/Soul Esvisceration Prods. – 2012 – Brasil


Esses baianos não mudaram nada. Ufa! Continuam com um Death Metal bem tradicional, mas avassalador e muito, muito empolgante! Teria entrado facilmente para a lista dos melhores de 2013 (é de 2012). O trabalho, que foi incialmente lançado lá fora, acabou saindo aqui pelas mãos certeiras da Distro Rock (http://www.distrorockrecords.com.br) e parceiros.
O ‘debut’ foi merecido e contou com a qualidade dos trabalhos anteriores, como o ótimo EP “Rex Verminorum” (ler resenha aqui). : uma pega ‘old school’ nervosa, extrema e bem desenvolvida, como deve ter uma boa banda do estilo.
O vocalista/guitarrista Victor Ellian mantém o assustador gutural que lembra muito o de John McEntee e trabalha, juntamente com o também guitarrista Eucini Santy, bons e graves riffs (com timbres à lá Morbid Angel), apoiados pelo baixo extremecedor de Vitor Giovanni e pela bateria fantástica de Nestor Carrera. Apenas para constar, a formação é diferente atualmente.
Esse último domina os dois bumbos e capricha nos ‘blast beats’. A linha por ele traçada nas músicas são, na maior parte do tempo, velozes, mas o cara dá um jeito de fazer com que nada soe cansativo, muito pelo contrário.
O desafio vem agora: é possível destacar alguma composição? Ok, depois de muito esforço, “Salvation Through Zyklon-B”, “Excruciating Existence”, “Self Proclaimed Messiah” e a avassaladora “Dark Clouds Above Hell's Fire”. Vale lembrar que alguns sons fazem parte de registros anteriores, como o último citado.
A versão nacional de “Excruciating Existence”, além de remixada e remasterizada (cheguei a ouvir a gringa e realmente a produção estava bem fraquinha), conta com a bônus “Covered in Decadence”, faixa-título da primeira demo do quarteto. Percebe-se com desde aquela época os caras já eram competentes.
O disco soa muito verdadeiro, realmente feito por apaixonados pelo underground. Álbum foda pra cacete. Conclusão mais clara, impossível.

Nota 8,8


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