Anthrax – Worship Music
Laser Company – 2011 – Estados Unidos
Esse álbum foi algo tão esperado quanto incerto em relação à sua qualidade. Afinal, depois de tantos rolos envolvendo troca de vocalistas (John Bush é genial, que conste nos autos), muitos ficaram com um pé atrás do que estaria por vir. E particularmente depois de assistir ao DVD do Big four e ficar meio descontente com o timbre de Joey Belladonna ao vivo, tudo ficou ainda mais inseguro.
E ao ouvir o primeiro canto do cara... PUTZ, ELE CANTA MUITO!!! Foi um tremendo alívio. Pois agora é possível afirmar com todas as letras: Belladonna está no auge, e obviamente não está sozinho. Afinal, o time que compõe a Anthrax é no mínimo extraordinário. O que dizer de Charlie Benante, com sua incrível criatividade na bateria? E dos “riffers” Scott Ian e Rob Caggiano? Sem comentários, não? Obviamente que não podemos nos esquecer do carismático Frank Bello, que toca baixo e agita como poucos.
E a surpresa já começa logo após a introdução "Worship", num surpreendente blast beat de Benante em “Earth on Hell”, a melhor faixa do disco. Já abriram muito bem e o nível se mantém alto por todo o play, sem baixas. Mas vale destacar também “Revolution Screams”, bastante agressiva e pesada, numa levada realmente empolgante.
É difícil dizer hoje que a Anthrax faz thrash metal, ou melhor dizendo, somente thrash metal. Os caras estão num estágio da carreira que executam simplesmente metal pesado e mesmo assim, alternado com sons mais “mansos”, mas sempre muito bem executados.
Já falei um pouco das guitarras, mas retomo o assunto, já que o trabalho feito aqui é brilhante. Mais uma vez a dupla estava inspiradíssima quando criou cada riff, cada melodia. Simplesmente um espetáculo. Ao lado do vocal, as doze cordas são o outro pilar de “Whorship Music”.
Quanto à arte gráfica, é interessante falar da capa que, a princípio, parece bastante simples, mas ao olhar atentamente e perceber seus detalhes, você fica impressionado com os cuidados em sua criação. Aliás, vejam também a ilustração interna, com os integrantes lutando contra eles mesmos, em versão zumbi. Que obra de arte excepcional! Ah, sim, e ao desdobrar o encarte, você dá de cara com um mini-poster da capa do disco. Lindo!
Esse trabalho já entra para os maiores da discografia do grupo. De certo modo, é um retorno que orgulha a cena metálica mundial (viu, Morbid Angel?). O negócio é correr atrás do álbum e se deliciar com tantas composições elaboradas. E um ótimo lembrete: a Laser Company (www.lasercompanymusicstore.com.br) trouxe a versão nacional com música bônus. Aí, sim!
ANOTA 9,3
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