sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Hutt – Monstruario

Hutt – Monstruario
Criminal Attack Records – 2011 – Brasil
AAAAAAAAAAAAAARGH!!!!!!!!! Sim, eles estão de volta!!! Apesar do lançamento discreto pela Criminal Attack (www.criminalattack.com), bem oposto do nível de barulho desse play aqui, a Hutt mais uma vez nos agracia com seu insano grindcore. Quem já conhecia os trabalhos anteriores (“Sessão Descarrego” é referência nacional) já pode e deve se animar, porque os caras continuam fidelíssimos ao nosso amado underground. Sim, ao lado da Facada e S.O.H. – já escrevi isso antes - eles são os mais dignos representantes do grind nacional.
Para começar, destaco o vocal ininteligível de Appezzato. Ele vai do gutural ao rasgado naturalmente, e mesmo lendo (ou tentando ler) as letras, o desafio de tentar acompanhar o que o cara canta é alto. Ótimo, porque assim, somos obrigados a ter o prazer de ouvir cada música mais de uma vez.
Já que falei nas letras, preciso destacar aqui a beleza do encarte do CD: a começar pela capa maravilhosa, totalmente HQ (também como em “Sessão Descarrego”, mas aqui, em cores). Essa estética é adotada ao longo das páginas, resultando em uma arte gráfica primorosa.
E o conteúdo das mensagens, mesmo para quem está habituado a esse tipo de tom, é chocante e altamente ácido. Chequem “Jesus Ralado”, por exemplo. Pura corrosão.
Mas o restante dos músicos não deixa por menos: Liandro e André comandam respectivamente guitarra e baixo com riffs ultra pesados, diretos e empolgantes. Parabéns pelos timbres! Já a bateria, nem se fale. O senhor D. Klink é um andróide programado para metralhar. É a única explicação plausível para o massacre que proporciona.
Bom, por trás da produção, adivinhem quem? Pois é, mais uma vez, Ciero (Da Tribo Studio), o melhor do Brasil no som extremo. Uma pena a duração do CD ser tão curta. Mesmo assim, o estrago está feito. Um terremoto em máxima escala.
Nem preciso dizer que “Monstruario” é obrigatório, não na prateleira, mas no aparelho de som de qualquer fã de música brutal. Bom candidato a um dos melhores de 2011!

NOTA 9,3

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