The Force – Nations Under Attack
Kill Again Records – 2010 - Paraguai
Em matéria de thrash metal, a Kill Again Records (www.killagainrec.com) certamente é a que mais investe no estilo no Brasil, sempre apresentando boas bandas. Aliás, a gravadora talvez seja inclusive um dos motivos desse resgate no país. Ainda bem.
Dessa vez, a banda por ela trazida é a paraguaia The Force, uma enorme surpresa que invade nossos ouvidos. Mesmo desconhecida por aqui, não tardará para que esteja entre as mais comentadas pelos fãs que têm a Violator como referência do thrash old school.
Sem enrolação nem nada, o disco já começa com a melhor composição – “The Barracks” – e o que logo chama a atenção é a velocidade absurda das palhetadas de Carlos Carvallo e Mike Martinez, responsável também pelos vocais. De verdade, os caras têm uma agilidade impressionante nas seis cordas! Em especial nos riffs cavalgados, o resultado é fantástico.
A verdade é que no restante do material, as guitarras continuam dominando com sua técnica, velocidade e ótimos riffs. Parabéns mais uma vez à dupla. É claro que eles não teriam sucesso se não estivessem acompanhados pelo baixo de Juan Barrion (de forma discreta, mas uma beleza) e do baterista Luis Almada. Esse último toca principalmente naquela batida rápida, na levada de “Piranha” (Exodus). Aliás, é essa a batida que domina cerca de 70% de “Nations Under Attack”.
Quanto aos vocais de Martinez, são gritados, nada de gutural ou algo do tipo. Combinam com o som da The Force, eu conta com backing vocals em coro. Boa!
Outros destaques ficam por conta de “The Longest Day”, um som bem trabalhado, e “Neckbreaking Metal”, com riffs melódicos e o solo bem encaixado. Pode ser considerada a “Whiplash” (Metallica) do CD e com uma curiosidade: a canção é cantada em inglês com partes em guarani, língua nativa do quarteto.
A gravação está levemente abafada, remetendo um pouco às antigas produções do thrash e o encarte é bastante simplificado, com uma capa bem legal, embora um pouco escura. Tudo bem, porque, já falei outras vezes, o mais importante aqui é a música, e nisso, a The Force se dá muito bem.
“Nations Under Attack” é outro bom exemplo de que o thrash metal old school voltou com classe e pelo visto, veio mesmo para ficar. E o melhor é ver que as bandas do estilo fazem bonito, deixando o estilo sempre interessante e longe de ser enjoativo. Que essa onda continue a render bons frutos.
NOTA 8,5
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