domingo, 5 de fevereiro de 2012

Resina – Resistindo ao Caos

Resina – Resistindo ao Caos
Cauterized Productions/Dëtëstö Records – 2010 – Brasil

A banda, Carazinho/RS, soltou esse disco em 2010, de maneira independente, mas contou com apoio da Cauterized Productions (www.cauterized.com.br), juntamente com uma parceira. Mas indo direto ao assunto, a Resina executa uma boa mescla de Hardcore/Crossover, com pitadas de Punk e até Thrash Metal também.
Todas as faixas são bastante diretas, mas, curiosamente, pelos estilos adotados, possuem composições até que longas. Tanto é que as dez faixas de “Resistindo ao Caos” somam mais de 38 minutos de duração.
No geral, o material é criativo, mostrando que os gêneros musicais que a banda toca podem ter possibilidades enormes, sem nunca deixar de ser pesado. Portanto, mais mérito ao quarteto por essa qualidade.
Dentre as pedradas, o trabalho de baixo de Yuri em “Atitude Suicida” é fantástico, assim como a levada metalizada da música. Aliás, seu instrumento aparece bastante em todas as músicas, mais um ponto positivo para a Resina.
Miwa, o baterista, toca de forma redonda, sem mais nem menos batidas do que a música precisa. E seus pedais duplos são muito bem utilizados nas canções, diga-se de passagem. Já Porco canta em uma mistura de gritos com um leve gutural. Funciona muito bem no som dos caras.
Finalmente, o guitarrista Mad palheta riffs bem bacanas, com perceptíveis influências de Ratos de Porão.
No disco, em slipcase, não há informações sobre o registro, mas ouvindo atentamente o álbum, dá a impressão de que foram feitas várias sessões de gravação, o que implica em produções destoantes (não muito). E já que o assunto é esse, no geral, está tudo bem gravado, mas poderia ser melhor.
Um disco muito bom no que se propõe, transparecendo paixão pela música pesada. Tudo seria alegria, não fosse um fato trágico na carreira desta promissora banda: o vocalista Porco faleceu em um acidente de moto e a banda acabou encerrando suas atividades. Portanto é bom correrem atrás desse material, mais do que nunca.
NOTA 8,5

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