Sarah Jezebel Deva – The Corruption of Mercy
Listenable Records/Shinigami Records – 2011 – Reino Unido
Apenas uma introdução, para quem não conhece a artista (mas deveria): a cantora fez grandes contribuições para bandas como Cradle Of Filth, Therion e The Kovenant. Pronto, isso já dá uma base do poderio da vocalista.
De certo modo, claro, existem influências dos grupos por onde passou, mas o legal é que aqui, exceto uma ou outra vez, é que Sarah canta naturalmente, sem se apoiar tanto na voz lírica soprano. E não é que assim, a coisa toda funcionou, e muito bem?
Abrindo de forma destruidora, “No Paragon of Virtue” chuta o balde com ‘blast beats’ matadores. É inegável certa semelhança com Dimmu Borgir, no que diz respeito ao uso exagerado de teclados, mas apesar disso, é uma ótima faixa.
Aliás, bom reforçar essa saturação de teclados e uns barulhinhos eletrônicos: para quem curte, é bom começar a correr para adquirir o álbum, lançado no Brasil pela Shinigami Records (www.shinigamirecords.com.br) urgentemente. Já para aqueles fãs de coisas mais ‘roots’, vale conferir também, só que mais pela desenvoltura das composições.
Ao longo do disco, vários estilos musicais passam por lá: Black Metal, Symphonic Gothic Metal, Atmosferic, Heavy e por aí vai. O resultado ficou muito bom, essa é a verdade.
A faixa “Zombie”, cover da Cranberries, ficou pesadíssima, absurda mesmo, melhor até que a original (que me perdoem os fãs desse grupo). Simplesmente excepcional. E outra que chama a atenção é a encantadora “Silence Please”, cujas melodias têm um curioso ar de cantos (e não contos) de histórias obscuras de fadas da Disney (!), algo meio fantasioso. Bem interessante mesmo.
A capa é um tanto provocadora e polêmica, é bom dizer. A gravação é boa, não muito limpa, mas que poderia ser mais pesada. O baixo, por exemplo, só é perceptível em trechos onde só aparecem ele e a bateria, como no caso de “A Matter of Convenience” ou “The Eyes That Lie” (outra grande canção e com um solo bacana).
Metal de qualidade, extremo e comandado por uma mulher. Assim caminha a humanidade! Boa surpresa do underground. Abaixo, o clipe de “The World Won't Hold Your Hand”.
NOTA 8,0
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