Biohazard – Reborn in Defiance
Nuclear Blast/Laser Company – 2012 – Estados Unidos
Biohazard de volta (no estúdio), com a formação original! Esses novaiorquinos, que marcaram a cena Hardcore e fizeram uma verdadeira escola do gênero, principalmente nos anos noventa, mostram que ainda têm fôlego para descer a lenha. No entanto, é bom relembrar que logo após a gravação de “Reborn in Defiance”, o carismático vocalista/baixista Evan Seinfeld (novamente) abandonou o grupo. Como consolo, o músico deixou sua marca no novo álbum, lançado no Brasil pela Laser Company (www.lasercompanymusicstore.com.br).
Após a introdução “9:IIIX6.91”, o quarteto inicia a porradaria muito bem com “Vengeance Is Mine”, título forte, digno da música, que mostra os elementos característicos do conjunto: muito peso, bateria alternando-se em veloz e quebrada (Danny Schuler mandando ver), solo simples, mas bem encaixado (Bobby Hambel) e claro, o revezamento de vocal entre Seinfeld e Billy Graziadei, outro figurão da Biohazard, também atuante na guitarra. Apenas aquele canto meio “rapeado” quase não reapareceu.
O disco segue numa variação de ritmos - “Reborn”, por exemplo, sai do inferno, chega ao céu e retorna às chamas – que, no geral, é bem acabada. Até uma veia um pouco melódica (de voz) aparece lá ou cá – é o caso de “Killing Me” (o baixista fez um ótimo trabalho nesta faixa), ou “Vows of Redemption”.
Agora, “olhando de cima”, é notável a mudança de ânimo do pessoal: o que começou muito agressivo cai para algo mais calmo e até depressivo até perto do final do disco. Por esse ponto de vista, faltou “punch” para manter o clima.
O gás até volta com “Skullcrusher” e “Never Give in”, mas novamente perde o pique com a última música – “Season the Sky”. Que pena.
Independentemente de qualquer coisa, merece menção o interessante encarte, com radiografias não muito usuais e criativas. A qualidade do papel, inclusive, deve ser destacada, mesmo sendo algo habitual quando se trata de um produto da Laser Company.
“Reborn in Defiance” não chega aos bem sucedidos “Urban Discipline” (clássico!) ou “State of the World Adress”, mas mostra garra e satisfaz os fãs do grupo. O legado da Biohazard continua!
NOTA 7,7
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