Leptospirose – Aqua Mad Max
Läjä Records/ Pisces Records/ Balboa Discos/ Zuada Rec/ Cauterized Productions/ Caveira da Força Discos/ Criminal Attack Records/ Xaninho Discos Falidos – 2011 – Brasil
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá! Fim. Essa é a tradução do estrago causado pelo meteórico disco “Aqua Mad Max”, que chega a pouco mais de dezesseis minutos. Detalhe: são dezenove faixas! Para quem ainda não conhece (é possível?), tá aí uma banda altamente divertida e carismática do nosso underground.
Bom, imaginem Hardcore, Punk, Grind, Thrash, Rock ‘n’ Roll e outras influências, todas socadas no disco desse trio de Bragança Paulista/SP. Resultado: um álbum muito barulhento, mas diversificado. O que predomina acabam sendo as levadas mais agressivas, mas os ritmos e batidas que saem disso se destacam da mesma forma. Não que se pareça (e não parece mesmo!), mas essa mistura toda tem um quê meio do que a Brutal Truth já fez em “Sounds of the Animal Kingdom”. Calma, é só uma comparação na atitude, ok?
Isso torna mais alto o desafio de citar quais as canções mais interessantes. Realmente, é muito complicado o que sai dessa bagunça toda! E mais: os três músicos – Quique Brown (vocal/guitarra), Velhote (baixo/backing vocal) e Serginho (bateria) SABEM tocar e criam sonoridades muito legais ao longo do play.
Mas vamos lá: a faixa de abertura – “O instrumental desse som vai pro I Shot Cyrus e a cetra que se foda pra quem é, nem vale a pena tocar nesse assunto!” (porrada!) -, “Onde estão os arqueiros?” (arranjo demais!), “Drasticamente barrado no baile”, “Sanduíche de pimento” e “Em Maio todo mundo janta pipoca na minha cidade” (que baixo lindo!) são algumas (só algumas mesmo) das agradáveis belezuras do trabalho. Show! Engraçado como a Leptospirose caiu no gosto “popular” (dentro da cena, obviamente).
Abrindo o encarte do CD, a surpresa de constatar um mini-pôster muito bacana. E claro, os títulos são hilários, alguns deles enormes (como visto no parágrafo anterior) e as letras são, a princípio, muito viajantes. Vale uma boa conferida!
A gravação foi feita no Da Tribo Studio (Juninho e Ciero), e a sujeira imperou na produção.
Versátil e revoltado, mas bem humorado, “Aqua Mad Max” é um bom disco que mostra como o barulho pode ser criativo. Abaixo, o clipe da faixa-título.
NOTA 8,0
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