PS: Leiam também a primeira
entrevista com o músico, feita em 2011, aqui.
Som Extremo: Quais as últimas da Deicide? Estão trabalhando em um novo
disco?
Steve Asheim: Sim, estamos. Definimos todos os ritmos das faixas e
espero começar a definir os vocais e guitarras, e mixar o materia neste verão.
Talvez consigamos lançá-lo até o final do ano.
Som Extremo: O álbum “To Hell with God” é o décimo de estúdio e conta
com uma excelente produção. Você acha que é possível superá-lo, tanto
musicalmente quanto na produção?
Steve Asheim: Obrigado. Sim, é um disco muito bom. Mas sim, acho
que faremos um trabalho muito bom com o próximo álbum. As músicas estão muito
brutais e pegajosas. Tenho certeza que os vocais e as guitarras serão levados
ao limite. E Jay fará uma grande mixagem. Ele cresceu como um fã da banda,
então sabe o que quer escutar.
Som Extremo: Ainda sobre “To Hell with God”, todas as letras foram (e
são) escritas por Glen Benton. As composições foram criadas por você e Jack
Owen. Existe um acordo sobre isso? Quero dizer, Benton escreve, e vocês criam
as músicas? Por que?
Steve Asheim: Bem, você não consegue tirar sangue de pedra, você
sabe. Nós pegamos as músicas de quem as tem. Usamos o que estiver à frente e geralmente
sou eu e Glen Benton que chegamos com elas. Jack escreveu algumas canções para “To
Hell with God” e também algumas para o novo disco, assim como Kevin, nosso novo
guitarrista. Faremos uma boa mistura de material no álbum.
Som Extremo: Qual o maior desafio em gravar novos álbuns da Deicide?
São sempre as mesmas dificuldades?
Steve Asheim: Apenas chegar com um álbum que valha a pena, com
material original e que todos concordem e gostem. Qualquer um pode criar seu
próprio álbum de merda, mas ninguém vai gostar. As gravações reais são fáceis,
é o material. É todo sobre as músicas.
Som Extremo: Por que Ralph Santolla saiu da banda em 2011?
Steve Asheim: Ralph era um cônego solto e tivemos que deixá-lo ir.
Nosso tempo com ele acabou. É a vida, mas fizemos boas gravações juntos e sepre
haverá essa lembrança.
Som Extremo: Aparentemente, Santolla dava à Deicide um lado mais
melódico. Você acha que agora a banda estará menos melódica porque ele não está
mais com vocês?
Steve Asheim: Sim, acho que é esse o caso. Mas acho que fizemos
tudo o que queríamos com seu estilo de tocar nossas músicas. Musicalmente, é
hora de seguir em frente para uma ‘vibe’ diferente. Veremos como as coisas
caminham.
Som Extremo: E como Kevin Quirion tem contribuído?
Steve Asheim: Muito bem.
Escrevemos algumas músicas para o novo disco e ele tocará muito. Então ele está
sem pressa para começar. Ele gosta de escrever músicas e tem um timbre delas.
Então é uma boa adição à banda.
Som Extremo: Muitos fãs consideral o álbum “Legion” como o melhor da
Deicide. Em sua opinião, qual o melhor?
Steve Asheim: É difícil escolher um favorito porque todos são
pequenos pedaços do tempo. Gosto do novo porque é novo. Mas curto o “Once Upon
the Cross” porque tem boas músicas e uma ótima sonoridade.
Som Extremo: Vamos falar sobre a (não muito) velha Deicide: o que você
se lembra dos shows sem Glen Benton? Como foi o desempenho de Van De Loo
(Severe Torture) ao substituí-lo? E Garbathy "Yaha" (Dissenter)?
Steve Asheim: Foi muito estressante. Estava esperando Glen pegar um
vôo e se juntar a nós, como ele disse que faria, mas é, nunca o fez. Todos nós
pensamos no cancelamento da turnê, mas isso nunca aconteceu, apenas continuamos
em frente. Então, quase fui preso. Foi um saco. Mas terminamos a turnê.
Som Extremo: Do que você se lembra de sua contribuição para o álbum “Till
Death Do Us Part”, gravando guitarras? Foi difícil?
Steve Asheim: Recordo-me de tudo isso, eu estava lá para cada nota.
Não foi difpicil, foi divertido. Você consegue fazer o que consegue fazer às vezes.
E essa foi uma dessas vezes. Então eu fiz. E acho que me saí muito bem.
Som Extremo: Seus bumbos são impressionantes! Em todos os álbuns, eles
não param! Como é a sua preparação para tocar bateria, em especial os bumbos?
Steve Asheim: Você apenas tem que continuar praticando e treinando
mais e mais e mais rápido. A propósito, obrigado.
Som Extremo: Qual foi o álbum mais estressante de se gravar e o mais
tranquilo? Por que?
Stave Asheim: “To Hell with God” foi muito estressante. Eu estou
feliz que isso acabou. Na verdade, todos eles foram estressantes, agora que
parei pra pensar. “Stench of Redemption” foi muito fácil, entramos e saímos do
estúdio em 25 dias e pronto.
Som Extremo: E os planos de retornar ao Brasil?
Steve Asheim: Esperamos fazer isso em breve, sempre me divirto aí.
Grandes shows, ótima comida, fãs legais, todas essas coisas.
Som Extremo: Agradeço muito a entrevista. Por favor, deixe uma mensagem
para os fãs brasileiros.
Steve Asheim: Obrigado pelo apoio durante todos esses anos,
esperamos tocar para vocês assim que possível. Obrigado.
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