sexta-feira, 10 de maio de 2013

Entrevista - Deicide (Steve Asheim) - 2013



Novamente, Deicide! Na segunda entrevista concedida ao Som Extremo, o baterista Steve Asheim falou brevemente do vindouro novo álbum, de seu disco preferido da banda, a saída do guitarrista Ralph Santolla etc, enfim, assuntos bem abrangentes da carreira do grupo, completado atualmente por Glen Benton (vocal/baixo), Jack Owen (guitarra) e Kevin Quirion (guitarra). Foram poucas, mas certeiras palavras. E é preciso ressaltar que tudo só foi possível por intermédio da Shinigami Records (www.shinigamirecords.com.br), que lançou no Brasil o mais recente trabalho do conjunto, “To Hell with God.
PS: Leiam também a primeira entrevista com o músico, feita em 2011, aqui.


Som Extremo: Quais as últimas da Deicide? Estão trabalhando em um novo disco?
Steve Asheim: Sim, estamos. Definimos todos os ritmos das faixas e espero começar a definir os vocais e guitarras, e mixar o materia neste verão. Talvez consigamos lançá-lo até o final do ano.
  


Som Extremo: O álbum “To Hell with God” é o décimo de estúdio e conta com uma excelente produção. Você acha que é possível superá-lo, tanto musicalmente quanto na produção?
Steve Asheim: Obrigado. Sim, é um disco muito bom. Mas sim, acho que faremos um trabalho muito bom com o próximo álbum. As músicas estão muito brutais e pegajosas. Tenho certeza que os vocais e as guitarras serão levados ao limite. E Jay fará uma grande mixagem. Ele cresceu como um fã da banda, então sabe o que quer escutar.


Som Extremo: Ainda sobre “To Hell with God”, todas as letras foram (e são) escritas por Glen Benton. As composições foram criadas por você e Jack Owen. Existe um acordo sobre isso? Quero dizer, Benton escreve, e vocês criam as músicas? Por que?
Steve Asheim: Bem, você não consegue tirar sangue de pedra, você sabe. Nós pegamos as músicas de quem as tem. Usamos o que estiver à frente e geralmente sou eu e Glen Benton que chegamos com elas. Jack escreveu algumas canções para “To Hell with God” e também algumas para o novo disco, assim como Kevin, nosso novo guitarrista. Faremos uma boa mistura de material no álbum.


Som Extremo: Qual o maior desafio em gravar novos álbuns da Deicide? São sempre as mesmas dificuldades?
Steve Asheim: Apenas chegar com um álbum que valha a pena, com material original e que todos concordem e gostem. Qualquer um pode criar seu próprio álbum de merda, mas ninguém vai gostar. As gravações reais são fáceis, é o material. É todo sobre as músicas.


Som Extremo: Por que Ralph Santolla saiu da banda em 2011?
Steve Asheim: Ralph era um cônego solto e tivemos que deixá-lo ir. Nosso tempo com ele acabou. É a vida, mas fizemos boas gravações juntos e sepre haverá essa lembrança.


Som Extremo: Aparentemente, Santolla dava à Deicide um lado mais melódico. Você acha que agora a banda estará menos melódica porque ele não está mais com vocês?
Steve Asheim: Sim, acho que é esse o caso. Mas acho que fizemos tudo o que queríamos com seu estilo de tocar nossas músicas. Musicalmente, é hora de seguir em frente para uma ‘vibe’ diferente. Veremos como as coisas caminham.


Som Extremo: E como Kevin Quirion tem contribuído?
 Steve Asheim: Muito bem. Escrevemos algumas músicas para o novo disco e ele tocará muito. Então ele está sem pressa para começar. Ele gosta de escrever músicas e tem um timbre delas. Então é uma boa adição à banda.


Som Extremo: Muitos fãs consideral o álbum “Legion” como o melhor da Deicide. Em sua opinião, qual o melhor?
Steve Asheim: É difícil escolher um favorito porque todos são pequenos pedaços do tempo. Gosto do novo porque é novo. Mas curto o “Once Upon the Cross” porque tem boas músicas e uma ótima sonoridade.


Som Extremo: Vamos falar sobre a (não muito) velha Deicide: o que você se lembra dos shows sem Glen Benton? Como foi o desempenho de Van De Loo (Severe Torture) ao substituí-lo? E Garbathy "Yaha" (Dissenter)?
Steve Asheim: Foi muito estressante. Estava esperando Glen pegar um vôo e se juntar a nós, como ele disse que faria, mas é, nunca o fez. Todos nós pensamos no cancelamento da turnê, mas isso nunca aconteceu, apenas continuamos em frente. Então, quase fui preso. Foi um saco. Mas terminamos a turnê.


Som Extremo: Do que você se lembra de sua contribuição para o álbum “Till Death Do Us Part”, gravando guitarras? Foi difícil?
Steve Asheim: Recordo-me de tudo isso, eu estava lá para cada nota. Não foi difpicil, foi divertido. Você consegue fazer o que consegue fazer às vezes. E essa foi uma dessas vezes. Então eu fiz. E acho que me saí muito bem.


Som Extremo: Seus bumbos são impressionantes! Em todos os álbuns, eles não param! Como é a sua preparação para tocar bateria, em especial os bumbos?
Steve Asheim: Você apenas tem que continuar praticando e treinando mais e mais e mais rápido. A propósito, obrigado.



Som Extremo: Qual foi o álbum mais estressante de se gravar e o mais tranquilo? Por que?
Stave Asheim: “To Hell with God” foi muito estressante. Eu estou feliz que isso acabou. Na verdade, todos eles foram estressantes, agora que parei pra pensar. “Stench of Redemption” foi muito fácil, entramos e saímos do estúdio em 25 dias e pronto.


Som Extremo: E os planos de retornar ao Brasil?
Steve Asheim: Esperamos fazer isso em breve, sempre me divirto aí. Grandes shows, ótima comida, fãs legais, todas essas coisas.
  


Som Extremo: Agradeço muito a entrevista. Por favor, deixe uma mensagem para os fãs brasileiros.
Steve Asheim: Obrigado pelo apoio durante todos esses anos, esperamos tocar para vocês assim que possível. Obrigado.



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