Hypocrisy - End of Disclosure
Nuclear Blast/Laser Company – 2013 - Suécia
O eterno mago
da música pesada, Peter Tägtgren, novamente reaparece para cravar mais de suas
marcas no underground. Já é bom avisar: fãs do início da banda, não esperem
nenhum retorno à agressividade total do Death Metal desenvolvido outrora. Ao
que parece, o caminho escolhido, consideravelmente melódico, não tem volta.
Pois então, é
certo que muitos discordarão, mas o som que a Hypocrisy vai até além do
consagrado Death melódico. Num aspecto geral – existem exceções, claro -, as
faixas parecem tão belamente ferozes e técnicas quanto nos trabalhos anteriores.
Portanto, a qualidade continua lááááááá em cima. E nessa pegada cadenciada e de
muito bom gosto, a banda contrói um cenário que soa pesado e um tanto
melancólico, que conquista facilmente o ouvinte.
Quanto às mencionadas
exceções, são elas “Tales of Thy Spineless” e “United We Fall”, velozes e violentas,
mas contando com o charme melódico característico do grupo. Também, com um
monstro chamado Horgh (Immortal) na bateria e com o competente Mikael Hedlund
no baixo, elas não poderiam ficar menos do que incríveis.
E não pergunte
como, mas um riff da faixa “The Eye” imediatamente me remeteu a uma canção do
Metallica dos tempos do álbum “Ride the Lightining”, esqueci o nome da dita
cuja! Vai entender...
Agora, uma que
se detaca é a formidável “When Death Calls”, muito bem trabalhada, misturando
trechos brutais com outros menos insanos. Simplesmente fantástica!
A capa, como
sempre, é uma maravilha e o encarte se abre em um grande pôster contendo as
letras e informações técnicas de um lado, e novamente a capa, em tamanho bem
maior, do outro. Coisa linda!
E a versão
nacional do disco, lançado pela Laser Company (info@lasermusic.com.br) conta com a
faixa bônus “Living Dead”, também uma das melhores do disco!
Como já se
esperava, a Hypocrisy mais uma vez se superou e hoje é tida como uma das mais
queridas do cenário da música pesada mundial. É um respeito e um carisma
difíceis de explicar, mas merecidos. Essa consideração se faz com competência,
certo? Pois isso o conjunto tem, e em excesso.
Nota 8,7
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