Soilwork – The Living Infinite
Nuclear Blast/Laser Music – 2013 – Suécia
Que tal mais
ousadia de uma das mais representativas bandas de Metal da Suécia? Pois um dos
precursores do Death Metal melódico, que se tornou tão característico em seu
país, ataca agora em dose dupla! “The Living Infinite” traz dois discos – dez músicas
para cada - de pura energia e inspiração. O material saiu no Brasil via Laser
Company (info@lasermusic.com.br),
já é bom alertar o leitor.
O primeiro
disco é bastante equilibrado, em termos de composições mais e menos agressivas,
assim como trabalhadas. Mas o espetáculo começa de maneira certeira com a
excelente “Spectrum of Eternity”, um perfeito convite de boas vindas para a
atmosfera da Soilwork. Ela alterna as batidas velozes, bastante utilizadas no
início da carreira, com outras mais cadenciadas.
Outra pintura
é “This Momentary Bliss”, bem empolgante e com aquela melodia característica do
sexteto, formado por Björn "Speed" Strid (vocal), David Andersson
(guitarra), Sylvain Coudret (guitarra), Dirk Verbeuren (bateria), Sven Karlsson
(teclado) e Ola Flink (baixo).
Agora, se tem
uma que vicia, é a seguinte, “Tongue”, que conta com um dos riffs mais belos
que ouvi nos últimos meses. O ar melancólico não sai da mente, assim como as
boas variações entre a voz rasgada e a limpa, e um solo de tirar a boina.
Quando é hora
da agressividade, o conjunto mostra que sabe usá-la com maestria: “Let the First Wave Rise” é um petardo fora de
série, velocíssimo! É a mais extrema do álbum.
E agora, mais
uma beleza, a trabalhada e ótima “Realm of the Wasted”. O mesmo vale para a que
fecha o primeiro CD, “Whispers and Lights”.
Na segunda
bolachina, as faixas dão uma pisada no freio (com uma excessão – “The Living
Infinite I”), mas mantêm a qualidade do material, num aspecto geral.
Em clima mais ameno,
vem a instrumental “Entering Aeons” com um riff simples, mas pegajoso. Os
dedilhados do final arrepiam. A canção é a abre-alas para a seguinte, “Long
Live the Misanthrope”, energética e criativa. Haja inspiração!
O ‘sangue
nozóio’ retorna com a supracitada “The Living Infinite I”. Violenta!
Mais um
destaque: a fabulosa “Rise Above the Sentiment”, que começa com um “ar de que
não quer nada com nada” e brilha depois com o excepcional trabalho do grupo.
Linda, linda mesmo!
“The Living
Infinite” é daqueles álbuns que, quando você se dá conta, passaram cerca de 84
minutos de boa música, e nem parece. Novamente os suecos acertaram e agradam
com o novo disco duplo. Alegria em dobro, portanto.
Nota 8,5
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