quinta-feira, 2 de maio de 2013

Entrevista - Optical Faze


Difícil de definir, fácil de gostar! Essa é a Optical Faze, que executa algo moderno, alternativo, um Metalcore misturado com outras pedradas. E o quinteto, formado hoje por Jorge Rabelo (guitarra), Vicente Jr. (baixo/backing vocal), Renato Carvalho (bateria), Mateus Araújo (guitarra/vocal) e Pedro Gabriel (teclado/sintetizadores), acaba de soltar um discaço que merece lugar entre os grandes álbuns do ano, “The Pendulum Burns”. O Som Extremo entrevistou Jorge, que deu mais detalhes sobre o novo disco e contou um pouco sobre como caminha a carreia da banda. Logo abaixo.



Som Extremo: Começando pesado: nesses treze anos de banda, qual a maior dificuldade pela qual já passaram?
Jorge Rabelo: Nunca nenhuma grande tragédia nos acometeu, ainda bem. Mas um fato inesperado que criou uma dificuldade em um momento inoportuno foi a saída do vocalista da banda em 2005, uns dois dias depois do show de lançamento do nosso ‘debut’. A divulgação do CD ficou bastante prejudicada, o disco encalhou, passamos muito tempo procurando vocalista até descobrir que o Mateus, que era apenas guitarrista, era a melhor opção. Acho que aquele CD merecia melhor sorte. Mas é aquele caso clássico de uma situação que parecia negativa, mas que futuramente revelou-se como algo profundamente positivo.


Som Extremo: Como foi a concepção de “The Pendulum Burns”?
Jorge: A concepção do disco, oficialmente, começou em fevereiro de 2011, quando definimos que faríamos o disco em Los Angeles, sob a batuta do Rhys Fulber. Aí ficamos até dezembro compondo e gravando demos para chegarmos ao estúdio preparados. O Mateus escreveu algumas letras nesse período também, mas boa parte foi escrita já em Los Angeles. Foi lá que ele definiu a linha temática das letras e o nome do disco.


Som Extremo: E as participações do guitarrista Jed Simon, ex-Strapping Young Lad e da cantora Leah Randi (Conjure One), como foram?
Jorge: A participação do Jed foi ideia do Rhys. Faltava um solo em ‘Trail of Blood’ e já estávamos nos últimos dias de gravação, então o Rhys perguntou se acharíamos legal o Jed gravar um solo e é claro que respondemos positivamente. O cara toca demais e somos muito fãs de Strapping Young Lad. Já no caso da Leah, sentimos a necessidade de um segundo vocal bem melódico e épico no fim de “Never Let Me Down Again”. Aí perguntamos pro Rhys se a Leah, que é mulher dele, não toparia fazer uma participação. Ela topou e ficou lindo.


Som Extremo: E aliás, a produção e mixagem de Rhys Fulber e masterização de Maor Appelbaum, como se deu a oportunidade?
Jorge: Queríamos trabalhar com um produtor novamente, alguém que nos tirasse da zona de conforto. Pensamos no Rhys e mandamos material pra ele, que curtiu bastante e então topou produzir a banda. Aí, negociamos um pacote completo: gravação no estúdio dele, produção e mixagem dele. A ideia nos empolgou, então decidimos fazer nossos esforços pra fazer acontecer. Já o Maor Appelbaum foi uma sugestão do Rhys para masterizar o CD. Ele fez ótimos trabalhos com bandas que gostamos muito, como Cynic e Sepultura, então fechamos com ele pra masterizar o CD.


Som Extremo: Vocês esperavam um retorno tão positivo com o ‘debut’?
Jorge: O ciclo do disco ainda está se iniciando, mas ainda não vimos nenhuma crítica negativa sobre o disco. Isso tem nos deixado muito felizes. Sempre tivemos confiança que estávamos fazendo um álbum de muita qualidade, mas por enquanto tem superado nossas expectativas.


Som Extremo: Vocês acham que no Brasil existe algum tipo de preconceito em relação ao tipo de som que executam?
Jorge: Como uma banda de Metal, é preciso aceitar que nosso público no Brasil é restrito e tocar aqui não é lucrativo. Algumas bandas atingem algum nível de sucesso aqui, especialmente cantando em português, mas nada que permitam que os membros larguem seus trabalhos. Não acho que seja questão de preconceito, simplesmente não é um estilo que cai no gosto da maioria dos brasileiros. Temos que trabalhar com essa realidade.


Som Extremo: Muitos shows acontecendo? Como será o restante de 2013 para a Optical Faze?
Jorge: Estamos fazendo uma série de shows no entorno de Brasília. Já tocamos no Guará e na Samambaia, e nos dias 10 e 11 de maio tocaremos na Ceilândia e no Paranoá, respectivamente. Também vamos tocar no projeto “Rock Sem Fronteiras”, que é uma iniciativa muito legal do movimento “Brasília Capital do Rock”, mas ainda não há data definida. Queremos tocar em várias regiões do Brasil este ano. O objetivo é, em 2013, tocar mais vezes fora de Brasília do que em toda nossa carreira.


Som Extremo: Planos para mais um videoclipe?
Jorge: Vamos gravar agora, no fim de maio, um clipe para “Never Let Me Down Again”, o cover que fizemos do Depeche Mode, que está exclusivamente no digipak do “The Pendulum Burns”. Já estamos nos preparando para filmar. Vai ser um clipe que não se espera de uma banda de Metal, vai ser divertido. Até Julho ele deve estar no ar. Paralelamente, estamos trabalhando em mais dois clipes, que devem sair mais pra frente.


Som Extremo: Agradeço muito a entrevista! Por favor, deixe uma última mensagem.
Jorge: Nós que agradecemos! Aos leitores, muito obrigado pela atenção! Visite nosso site, ouça nossa música, vá aos nossos shows! Apoie quem está na correria independente! Nos vemos na estrada!

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