domingo, 8 de dezembro de 2013

Barulho Subersivo – coletânea

Barulho Subersivo – coletânea
Dor de Barriga Records and Distro/Badooh Negro/Purgatorius Records/Nervura Distro/Turbulation – 2012 (?) - Brasil


Tá aí um nome de coletânea e uma capa que não enganam. Se fosse para resumir isso aqui, bastaria escrever “noise, noise, noise, noise, noise, noise, noise, noise, noise, noise, noise”!!!!!
Pense em 57 (na verdade, são mais de 130, como será explicado adiante) faixas do estilo, divididas em diversas bandas que parecem ter nascido pra coisa.
A primeira, Academic Worms, chega arregaçando com treze músicas. Hilários, no mínimo, e com um “quê” de NYAB. Bom humor é tudo!
No mesmo clima ensurdecedor, vem a Ataque Cardíaco, com algo levemente mais inteligível e interessante. Boa banda!
A Chaotic Song, que vem a seguir, é (mais) curiosa: os caras (na verdade um só, o doutor Glésio Torres, sempre metido em algum projeto insano) emendaram, numa faixa só, 75 “Acts of Pure Musical Vandalism”, daí a soma dar mais de 130 composições, como dito. Além disso, essa porradaria é muito semelhante entre si, de modo que parece, em diversos momentos, que esses 75 sons parecem na verdade repetidos seguidamente. Mas ainda é uma das mais “audíveis” do CD.
A ruidagem continua com... bom, não consegui nem decifrar o logotipo da banda... ou consegui? Seria o nome simplesmente Cú? Enfim... aparentemente foi gravado ao vivo, durante uma apresentação. Em determinado momento, ouve-se até uma flauta e outras bizarrices!
A seguir, vem N.E.K. com uma sonoridade mais clara, um pouco mais Grind/Crust, mas com o Noise junto. Duas músicas apenas.
Olho Por Olho (bacana o logotipo!) continua na desgraceira pura, com uma gravação meio ruim (até para os padrões do Noisecore). Quase uma barulheira gratuita, mas é possível distinguir algumas vozes, baixo e bateria – não dá pra escutar a guitarra!
Agora é a vez da Primitive Noise. Essa fica na essência do estilo, mas com uma gravação legalzinha. A última música, “Sem Título”, é um amontoado de várias juntas.
Depois, vem Reator 04, a mais legal de todas, com um vocal que não se parece com nada, original. Além disso, são responsáveis por canções relativamente longas para o gênero. Só um protesto: a mixagem ficou realmente baixa.
Aliás, o é esquisito essa mixagem de todo o material, que deixou o volume da coletânea bastante baixo, algo ainda mais estranho por se tratar de Noisecore. Mas beleza, aumenta o som e boa!
A penúltima é a Resto de Feira, que vai numa veia mais Punk/Grind/Noise, com uma voz ininteligível. O som está meio abafado, mas releva-se.
E fechando o play, vem a Vjölenza, com um Noise/Punk/Crust misturado com Power Violece. Músicas bem feitas e melhor gravadas. Banda interessante também e empolgante como a Reator 04, apesar das diferentes propostas.
Curiosidade: o encarte todo é em preto e branco, e a arte do CD é colorida. Agora a vida tem sentido, não? Mais uma curiosidade: em determinados momentos, foi desafiador escrever sobre determinadas bandas antes que acabassem todas as músicas delas.
Quase uma hora de celebração extrema da antimúsica!

Nota 7,0

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