sábado, 16 de agosto de 2014

Entrevista - D.N.R.

Agradecimento à Metal Media (www.metalmedia.com.br) pela entrevista!

Esses caras aqui gostam de infernizar quando o assunto é música pesada. Soltaram em 2013 o elogiado "Do Not Resuscitate" e agora, invocam o caos por onde passam. Confiram aí!


De onde surgiu a ideia de usar o nome D.N.R. (Do Not Resuscitate)?
Quando formamos a banda em fevereiro de 2000, tinha acabado de sair o ‘The Gathering’, do Testament (1999). Antes, porém, tínhamos colocado vários nomes que não estavam ficando legais, foi aí então que nosso primeiro baixista (Paulo Felipe) deu a ideia de batizar a banda com o nome da primeira faixa do CD, que por sinal é uma das melhores músicas de Thrash Metal, em nossa opinião.


Apesar de a banda ter sido formada em 2000, apenas em 2013 foi lançado o primeiro álbum. Qual o motivo deste intervalo?
Ahhh, foram vários (risos)... Primeiro, foi a constante mudança de formação: antes do meu irmão (Raphael Zavatti) assumir os vocais, passaram pela banda Flavio Ribeiro (ex- Corporate Death) e Guto Terue.,No baixo, não foi diferente, porém, com nosso grande amigo Luciano Fraga nas cinco cordas, chegamos à nossa primeira demo (“Dope Head”) em 2002, e finalizando, em 2007 tivemos a entrada de Zé Cantelli no baixo, completando a formação que está até hoje.
Outro lance que influencia, e muito, é o fato de que, com o decorrer dos anos, nós começamos a aprimorar muito nosso som, tentando achar a nossa “cara”, procurando sempre deixar as músicas com o máximo de peso e agressividade possível. Nós nos cobramos muito, e finalmente em 2010, quando estávamos satisfeitos com nossa sonoridade, decidimos que era a hora de entrar no estúdio e dar vida ao nosso trabalho.




O álbum 'D.N.R.' foi lançado em 2013. Como tem sido a aceitações dele até o momento?
Foda demais!!! Estávamos confiantes de que seria bem aceito, mas não tanto, afinal se trata de uma música que não segue nenhuma tendência e não é tão fácil de ser digerida. De uma forma geral, todos os blogs e sites especializados falaram muito bem até agora e o principal são as pessoas que compraram ou baixaram pela net, foram centenas de pessoas de vários lugares do país e pelo mundo vindo nos elogiar pessoalmente ou por meio de e-mails e redes sociais. Consequentemente, nosso público nos shows tem aumentado consideravelmente e conseguimos uma interação muito maior com eles.


O estilo do grupo percorre o Thrash, Hardcore e mesmo o Death. Essa mistura é intencional na hora de compor?
Eu diria que é natural, ouvimos muitas coisas diferentes, desde Punk até Death Metal. Não temos problema algum em ouvir e saber curtir o que cada estilo sonoro tem a nos oferecer, isso só nos faz crescer como músicos. Como já temos nossa linha de raciocínio musical, colocamos todas essas influências no liquidificador e as deixamos sair de maneira com que nossa música soe orgânica e não seguindo fórmulas.


As letras são em português. Nunca pensaram em trabalhar em inglês?
Sim, antigamente cantávamos em inglês, mas a partir de 2004 começamos a berrar em português, e acredite se quiser, é muito mais difícil. Passamos pra português, pois queríamos expor nossas ideias com nossa língua, com a nossa forma de expressão. Com isso, nosso conteúdo lírico melhorou muito e a agressividade transmitida também.




Como é a cena na região de Jundiaí?
Gosto de dizer que é algo cíclico: nos anos 90 até meados de 2005, isso aqui era um inferno na terra, qualquer show underground lotava. Após isso, tivemos um inverno meio sombrio, que durou alguns anos, casas fechando, galera desinteressada por bandas de som próprio e por aí vai. Não é diferente do que vemos acontecendo em outras regiões, temos amigos de banda em todos os cantos e o discurso é sempre o mesmo. Porém, da metade do ano passado pra cá, a coisa se ergueu de uma forma surpreendente, novas bandas boas surgindo, muitas casas pra tocar com qualidade de primeira, shows com bandas de grande porte vindo direto - até o Warrel Dane passou por aqui -, e o principal, a galera voltou a encher os picos e abrir uns mosh pits de arregaçar! Não podemos reclamar!!!!!


Fale-nos um pouco dos planos futuros.
Estamos trabalhando em novas composições e assim que terminarmos, iremos gravar mais um ou dois singles pra sentir como essas novas músicas vão soar gravadas antes de fazermos um novo ‘full’. Também vamos continuar tentando tocar o máximo possível, tanto aqui na região, quanto em outros estados.







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