Belphegor – Blood Magick Necromance
Laser Company – 2011 – Áustria
Os incansáveis austríacos apresentam mais um grandioso trabalho para o mundo. A Laser Company (www.lasercompanymusicstore.com.br) não poderia deixar isso de lado, e trouxe para o Brasil o excelente “Blood Magick Necromance”, que manteve a banda no topo do cenário extremo musical.
Mesmo levemente menos brutal do que seu antecessor – “Walpurgis Rites – Hexenwahn” (ler resenha aqui) – a Belphegor manteve sua técnica e qualidade intactas. Aliás, pelo que foi observado no disco, aperfeiçoaram ainda mais as características citadas.
Sem introduções, já começam demolindo tudo com “In Blood - Devour This Sanctity”, a melhor do disco. E mais soturna, vem a trabalhada “Rise to Fall and Fall to Rise” em outro bom empreendimento do conjunto. Mais dois destaques ficam para as porradaças “Angeli Mortis de Profundis” e “Sado Messiah”, as mais primitivas (no bom sentido) do CD.
Não sei se é pela timbragem das guitarras, pelo seu grau de melodia ou pelos teclados aqui e ali, mas no geral, o som dos caras ganhou um tom mais atmosférico, profundo e obscuro. E falando em guitarras, não pude deixar de notar como os riffs da faixa-título lembram os da Nile. Incrível!
Ao longo do álbum, os contrastes entre músicas mais extremas e velozes se equilibram com outras mais cadenciadas. O interessante é perceber que são poucas as que de fato mesclam isso em suas estruturas, já que na maioria dos casos, as músicas não têm variações no que se referem à intensidade. Melhor explicando: embora não seja regra absoluta, as composições mais brutais só apresentam trechos violentos, enquanto as mais “tranquilas” ficam voltadas somente para melodias e ritmos lentos.
O encarte mais uma vez é bastante caprichado, com fotos horrendas, mas belas, e a qualidade da gravação, obra do grandioso Peter Tagtgren, continua muito boa, a exemplo do trabalho anterior.
Alguns fãs mais radicais talvez não tenham curtido tanto, mas a verdade é que “Blood Magick Necromance” é um excelente disco. Resta saber se esse caminho mais trabalhado e menos direto será o escolhido pelo conjunto daqui para frente. De qualquer maneira, o álbum coroa em grande estilo os 20 anos de existência da Belphegor.
NOTA 9,0
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