Decimator - Bloodstained
Kill Again Records – 2011 – Brasil
Existem bandas que tentam fazer som extremo sem originalidade, e o máximo que conseguem é ser apenas mais um grupo na infinidade de outros do mesmo estilo. E também existem aqueles que, embora não tragam nada de novo à música, conseguem conquistar facilmente quem escuta o CD com sua garra e empolgação. Esse é o caso da Decimator, que traz em “Bloodstained”, da grande Kill Again Records (www.killagainrec.com), um thrash metal clássico e muito visceral.
Pegue os melhores momentos do Kreator, e misture com um pouco de Violator e Andralls, e o resultado é esse surpreendente petardo, com peso e velocidade nas medidas certas, tudo no melhor (mesmo) estilo thrash de se tocar.
Os caras executam cada coisa linda nesse trabalho, putz! Os riffs são magníficos, méritos de Rodrigo Weiler (guitarra), Paulo Hendler (guitarra) e Patrícia Bressiani (baixo), e tudo isso, apoiado pelo baterista Alceu Martins, que desce a porrada de forma habilidosa, e pelo excelente vocalista Leonardo Schneider, cujo timbre rasgadíssimo remete muito ao de Pete Helmkamp (Angel Corpse). Só que o dele parece mais gritado, mais irado e imprime ao som da Decimator uma fúria incrível.
Vamos aos destaques do disco: “Banner of Terror”, bem agressiva; “The Observer”, também destruindo; “Genocide”, bem equilibrada nas partes mais e menos velozes; “Day of Wrath”, que também alternam momentos mais e menos violentos, sendo a melhor do disco; e por fim, “Insane Orders”, cujos solos infernais de fazem qualquer um banguear até quebrar o pescoço. Todas sensacionais!
Gravação ótima, tudo perfeitamente audível, e encarte também bonito (a capa é um show), com uns detalhes muito legais de sangue espirrado, além de completo, deixam ótimas impressões no quesito profissionalismo.
Como dito no começo, a Decimator não tem nada de novo no som em relação às bandas que fazem thrash dos anos 80/começo dos 90, mas não há como resistir à qualidade das composições, bastante cativantes. Tanto é que você lamenta a duração de apenas meia hora do CD.
De verdade, o grupo merece estar entre as melhores bandas brasileiras do estilo. O justo reconhecimento não tardará, tenho certeza.
NOTA 9,2
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