Brodequin - Festival of Death
Unmatched Brutality Records – 2001 – Estados Unidos
Quer ouvir uma banda que nunca muda seu estilo de música, como faz (fez) Ramones ou AC/DC, mas obviamente dentro do som extremo? Falo da Brodequin, uma banda de brutal death (e põe brutal nisso) que permanece no underground absoluto. Conheci o conjunto em um vídeo do maravilhoso Obscene Extreme, o festival dos sonhos de qualquer fã de ruídos. São quase inacreditáveis!
Uma pena serem tão desconhecidos, pois é o tipo de banda que sabe mesmo executar composições doentias e caprichadas que, apesar de meio repetitivas, é verdade, conseguem manter um nível de técnica e brutalidade sempre alto.
E como dito, o som dos caras é bastante parecido nos seus três full-lengths. Desse modo, escolhi falar de “Festival of Death” simplesmente para fazer uma homenagem aos 10 anos de lançamento do álbum. Fiquem tranquilos, que essa resenha vale também para os outros trabalhos – “Instruments of Torture” (2000) e “Methods of Execution” (2004).
Bom, o vocal de Jamie Bailey, que também é dono das quatro cordas (e toca sem palhetas, putz!!!!), é extraordinário, fazendo um gutural mais absurdo do que o de Chris Barnes na época do “Tomb of the Mutilated” (Cannibal Corpse), impondo muito respeito e admiração de fãs de brutal death.
Já a bateria é só blast beat com poucos momentos menos velozes, mas que mesmo assim, são rápidos. O timbre da caixa é bem agudo e penetra nos ouvidos de uma forma hipnótica. Você percebe que o cara tem técnica e domina a arte de descer a porrada. Muito bom.
Já a guitarra e o baixo são pesadíssimos e com uma afinação tão baixa que se tem dificuldades em vários momentos em distinguir as notas. Mesmo assim, acredite: o som das cordas são muito agradáveis.
A gravação não é um primor, mas se encaixa perfeitamente com o tipo de som que o trio faz. Sujeira e peso é o que mais se encontra aqui.
A Brodequin faz músicas impressionantes, para rodar a cabeça feito uma turbina. Para quem gosta de músicas violentíssimas, esse grupo vai entrar para sua lista de favoritos. Como disse no começo, todos os trabalhos seguem essa proposta, então, trate de arrumar esse caos completo! Abaixo, o vídeo de “Slaves to the Pyre”, do álbum “Methods of Execution” (o último lançado pela Brodequin), provando o que afirmei desde o início.
Ah, e vai outro também do baterista John Engman mandando bronca.
NOTA 8,5
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