Mortage – The War is Not Over
Kill Again Records – 2011 - Brasil
Ah, os tempos em que Mille Petrozza estava em sua melhor fase com a Kreator, no final dos anos 80/começo dos 90... época saudosa. Por outro lado, existem bandas daqui que fazem questão de manter a tradição de levar aquele thrash mais agressivo como o da banda alemã, em sua áurea época. E não, não estamos falando da excepcional Violator. Dessa vez, refiro-me a essa enorme surpresa chamada Mortage.
O trabalho foi lançado pela Kill Again Records (www.killagainrec.com), que só tem acertado a mão em seus investimentos. E muito legal constatar que não é só o death metal brasileiro, por exemplo, que está bem representado. Pois esse pessoal, oriundo de Campinas/SP, prova que o país tem uma força impressionante também no thrash metal.
O apocalipse começa com a porradaça “Storm of Fire” (confiram clipe no final), sendo que essa raiva atravessa o disco todo, com músicas relativamente longas, mas sem soarem enjoativas, muito pelo contrário. “The War is Not Over” é um vício!
Outra grande composição é “Violent Hatred”, também avassaladora. Aliás, vale dizer que a maior parte do play tem um pé fundo no acelerador. Mas a melhor mesmo é “Kill Human to Clean The World”, com uma estrutura muito bem criada, e bumbos duplos infernais no meio da canção. E a faixa-título, assim como “Victims of Faith”, contam até com blast beats! BRUTAIS!
Nessa violência emanada pela Mortage, os caras capricham nas guitarras. Putz, é um número imensurável de riffs excelentes. Sim, a parte mais criativa do grupo está depositada nas cordas, de longe o maior destaque do CD. Em alguns momentos, por exemplo, eles lembram o não menos brilhante Defleshed nesse aspecto, talvez não no estilo de tocar, mas na competência em criar boas rifferamas.
O material gráfico é bem produzido, com uma capa bem legal, e uma estética bem bem trabalhada. A qualidade da gravação também é de qualidade muito boa, tornando o trabalho realmente empolgante.
Uma pena a Mortage ainda ser pouco conhecida no Brasil, já que o álbum pode ser considerado um dos melhores já lançados na história do thrash metal tupiniquim. É um som tradicional, mas feito por quem entende do assunto. Além do referido clipe de “Storm of Fire”, assistam também a “The War is Not Over” aí embaixo.
NOTA 9,3
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