Demonaz – March of the Norse
Laser Company – 2011 – Noruega
Caros amigos, embora todos já saibam que Demonaz é um integrante “fantasma” da Immortal, vou reforçar o fato aqui. E o material – trazido para o Brasil pela Laser Company (http://www.lasercompanymusicstore.com.br/) - demonstra que o músico não precisou usar o nome de sua consagrada banda para conseguir o respeito merecido. Se ele obteve sucesso, foi por mérito próprio.
Tanto é que o conjunto não segue a mesma linha da Immortal. É claro que algumas características em relação a esse grupo se fazem presentes, como a melodia e o peso nas medidas certas, mas no geral, a Demonaz executa algo mais puxado para o viking metal. Nesse ponto, aproximam-se mais da sonoridade do saudoso Bathory.O álbum é carregado de um clima denso e levemente melancólico, trazendo referências épicas na execução das canções, ainda que com coros discretos. Contrapondo isso, os elementos tradicionais usados nas músicas dão um toque moderno ao trabalho.
Por sua vez, elas têm estruturas básicas, e a velocidade passou longe do CD. Aliás, faltou um pouco desse quesito. Além disso, as canções, embora muito bonitas, ficaram repetitivas, e consequentemente, um tanto cansativas após certo tempo de audição. Muita calma entretanto, pois o CD está longe de ser chato, mas uma variada no ritmo e mais criatividade não fariam mal a “March of the Norse”.
Ouvindo o play com atenção, a faixa “Dying Sun”, que veio como bônus, é a única que destoa mais do restante do material. Só que a faixa de abertura – “Northern Hymn”, juntamente com “March of the Norse”, “Over the Mountains” e “Ode to Battle” também se destacam no disco.
Apesar da bela capa e da boa qualidade do papel, o encarte é bastante simplificado, limitando-se a páginas pretas com as letras em branco e uma foto (também muito bonita). Contraditoriamente, é possível afirmar que o material impresso encaixou-se perfeitamente com a proposta do conjunto, deixando-o mais obscuro.
De modo geral, o full-length de estreia da Demonaz é bastante convincente e certamente irá atrair fãs de bandas norueguesas extremas. Para quem curte Bathory, então, é puro delírio. A banda mostra que, às vezes, um integrante que não toca ao vivo numa banda tão importante (Immortal), e forma seu próprio projeto pode ser bastante produtivo. Vantagem para nós, que ficamos com dois bons grupos na cena musical underground.
NOTA 8,0
Nenhum comentário:
Postar um comentário