Headbanger – Ready to Strike
Kill Again Records – 2009 – Polônia
Nessa onda de resgate das origens do thrash metal, essa talvez seja a banda que melhor exemplifica a tendência, a começar pelo nome, apropriadíssimo para o som desse pessoal. A grande Kill Again Records (www.killagainrec.com) trouxe para o Brasil os poloneses da Headbanger. Sim, esse é o nome da banda!
Como já descrito acima, o grupo, formado em 2007, carrega toda a história do thrash anos 80 de forma impressionante: o visual dos integrantes, com jaquetas de couro e jeans surrados, cheios de bottons, além daquela cabeleira de época e obviamente o tipo de sonoridade trazida pelo grupo, tudo nos faz voltar cerca um quarto de século de forma impressionante. Até mesmo o logotipo da banda remete à década perdida!
Além de tudo isso, a qualidade da gravação é como naqueles tempos também! Ou seja, é aquela coisa meio tosquinha e suja, o que ficou até meio inconveniente no disco. Pensei que fosse proposital, para ficar nesse clima tão roots, mas após ler uma entrevista com o próprio baterista Radoslav afirmando que o resultado da gravação ficou apenas razoável, “com uma bateria de merda”, simplesmente concordei. Mas que fique bem claro que a gravação é perfeitamente audível, ok?
Enfim, então depois de tudo o que leram, sim, você acertaram no que esperar desse disco: bateria veloz, riffs palhetados a milhão, solos complicados e vocais gritados. Talvez por essa proposta tão agarrada à fidelidade do gênero, o quarteto tenha ficado preso a puro clichê. Não é ruim, mas também não é uma banda que se destaque, a não ser pelo fato de tocarem músicas no estilão old school em pleno 2011.
Uma estranha curiosidade: no exterior, “Ready to Strike” é um EP com apenas quatro músicas, mas a versão nacional conta com sete, sem explicação nenhuma no encarte. Não consta se são músicas bônus, não fala nada na ficha técnica, mas pesquisando sobre o conjunto, descobre-se que as três últimas músicas, com qualidade de gravação diferente, pertencem a trabalhos anteriores.
A Headbanger é altamente aconselhável a quem realmente curte intensamente as raízes do thrash metal em toda a sua essência. Para o restante dos fãs de música pesada, ela talvez passe despercebida.
NOTA 7,0
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