quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Angry – Only Lies (EP)

Angry – Only Lies (EP)
Independente – 2010 – Brasil

É aquela coisa: quando uma banda se propõe a ser realmente profissional, já dá um passo considerável e facilmente se sobressai a uma infinidade de outras. Sobre isso, o clichê “a primeira impressão é a que fica” é uma realidade, seja isso bom ou ruim. Sendo mais objetivo: ao receber um disco, a primeira coisa que se faz é observar a apresentação da capa. E nesse caso, a Angry já está com nota 10! Chegou aqui um EP dentro de um tipo de envelope de papelão com capa dura espetacular. Coisa fina mesmo!
Pois então, depois de colocar o trabalho no aparelho de som e começar a ouvi-lo, a melhor coisa do mundo é constatar que a alta qualidade não ficou só na embalagem. Pois é, o trio apresenta um excelente thrash metal das antigas, que logo de cara, já mostram fortes influências de Slayer (no vocal de Tom Araya, para ser mais exato) e Destruction. Só coisa boa!
“Only Lies” é composto por cinco músicas cuja produção também é um show à parte. E só pela primeira composição - “The Beginning of Chaos” (instrumental) -, já se percebe que o pessoal não está para brincadeira. Eles já revelam um pouco do que são capazes, com destaque para o baterista Ricardo e sua virada final apoteótica (e é só o começo!).
Na música seguinte - “Only Lies (dedicates to…)” -, temos outra beleza do underground, com um solo muito bem encaixado.  A terceira faixa - “Coldness of the Soul” (bela letra!) -, mais cadenciada, mantém a fúria do grupo intacta.
É chegada a penúltima canção – “Agony” -, cujos riffs e batidas são marcantes. É a mais agressiva (e melhor) do disco. Petardo! E fechando o play, “Right” vem levemente mais comedida e melódica... por pouco tempo! Na sequência, a avalanche de bumbos duplos prossegue e finaliza o EP com estilo.
As faixas, é válido lembrar, têm inúmeras mudanças de ritmo, e a velocidade é tipicamente do thrash old school.
Não há mais o que acrescentar. A Angry simplesmente está de parabéns pelo investimento e pelo poder demonstrado. Pode sair correndo pra conseguir esse EP, que não há possibilidade de arrependimento na aquisição! Abaixo, um vídeo do baterista mandando ver em “Agony”.

NOTA 9,3

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