Hellarise – Human Disgrace
Independente – 2010 – Brasil
O início da primeira faixa - “Liar” - já espanta pelo nível técnico. Na sequência, o baixo chama a atenção de forma incrível. Bom, e o fato da Hellarise ser formado apenas por garotas também é um diferencial. O quinteto, aliás, deixa seu recado: “Banda feminina de melodic Death/Thrash Metal. Mulheres também podem fazer som pesado!”. Pois é exatamente tudo isso e mais um pouco.
Esse “mais um pouco” implica também em outro estilo adotado pela banda, o heavy metal tradicional que, na verdade, parece ser o gênero que prevalece no som do EP. Entretanto, a mistura das meninas permitiu um som até original, contando com o vocal assustador de Flávia Morniëtári, no melhor estilo Angela Gossow (Arch Enemy). E ela também canta de forma limpa, demonstrando bastante versatilidade com sua garganta.
Contudo, de maneira geral, todas as musicistas se destacam no material: as guitarristas Marília Brito e Renata Petrelli extraem ótimos riffs e timbres, dos mais pesadões aos melódicos. Mirella Max é outra que domina seu instrumento e manda ver nos bumbos duplos com muito respeito (confiram “Deadfall”).
E embora já citado, é necessário aqui voltar a citar o baixo. Sim, Fernanda Lira o toca de forma impressionante. Ela é bastante criativa e o mais interessante é exatamente o fato de seu instrumento estar bastante audível.
Falando nisso, a qualidade da gravação é outro absurdo. Muito cristalino e profissional. Já a capinha, de papelão, também é de qualidade, com ótima arte na capa e contracapa. Em outras palavras: elas souberam investir no profissionalismo.
Voltando (ou começando?) a falar das quatro canções que compõem o disco, não são velozes (exceto trechos da melhor - “Human Disgrace”), mas sim, focadas em suas boas elaborações. E nisso elas se deram muito bem. Os mais de 22 minutos de duração do material passam rápido, e em absolutamente nenhum momento são enjoativos (nesse exato momento, estou ouvindo o EP pela terceira ou quarta vez).
A Hellarise começou com o pé direito e, se já não é destaque no underground brasileiro, caminha a passos largos para sê-lo. Obrigatório que cada ser vivo escute o play. Extremo, bem dosado, imperdível.
Uma última informação: o time passou por mudanças na formação. Aline Fernandes entrou no lugar da Marília e Patrícia Schlithler agora ocupa o posto de Fernanda.
Uma última informação: o time passou por mudanças na formação. Aline Fernandes entrou no lugar da Marília e Patrícia Schlithler agora ocupa o posto de Fernanda.
NOTA 9,4
poxa, mto obrigado pelo elogio!!
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